Recebi esta crónica da newsletter activa e como achei muito interessante
não pude deixar de partilhar com vocês. Espero que gostem,
Bjs e Bom Fim de Semana.
Crónica: As aparências contam, sim senhor
Podem enganar, mas contam. Disse Oscar Wilde e muito bem "só pessoas muito superficiais não julgam pelas aparências".
Quem é observador e faz uso dos seus neurónios tira os retratos
robot às pessoas com quem se relaciona, e usa essa informação a seu favor. Os
especialistas em recursos humanos são peritos nisso, e muitos grandes homens de
negócios se vangloriam de reconhecer as pessoas pelos primeiros sinais.
O Papa Pio XII, que dirigiu um interessante discurso ao Congresso Latino de Alta Costura, abordando os "Problemas Morais no Design de Moda" (1957), afirmava que "o homem pensa com a roupa que veste”.
Se há coisa que me aborrece é ouvir "não julgues as pessoas pela forma como se vestem!". Mais uma vez arrisco dizer, com base no que tenho visto, que só quem simpatiza com os desvios dos outros (e é capaz de fazer outro tanto) é que se sente incomodado com esse julgamento. É preciso um malandro para defender outro.
Claro que não é sensato formar toda uma opinião, inflexível e escrita na pedra, com base apenas no visual alheio (ou pelo menos, com uma única observação) mas todos, sem excepção, transmitimos alguma coisa através da forma como nos apresentamos.
Nos dias que correm, dificilmente alguém usa algo com que não se identifique de todo.
E se essa imagem não é transmitida intencionalmente, a pessoa que o faz é muito ingénua ou carece de orientação. É feio julgar as pessoas por coisas que não são culpa sua, escolha sua - ou por erros a que qualquer um está sujeito. Tudo o resto...o que é consciente, voluntário e repetido, é passível de ser avaliado pelos demais.
Em marketing diz-se muito "construa a imagem que quer mostrar ao mundo, ou os outros hão-de encarregar-se disso". A roupa, o penteado, a escolha do automóvel mais ou menos discreto, a linguagem, a pronúncia, os lugares que se frequentam, os hábitos...as coisas que - dentro das posses de cada um - escolhemos, aprovamos ou toleramos dizem muito de nós. Um punk é punk porque quer, e não pode ofender-se se o classificarem como tal. Se formos para a rua vestidos de polícia, é natural que nos chamem para acudir a um assalto, e pouco adianta explicar "eu não sou polícia, só estou vestida assim" - quem vê, julga e confunde.
Logo, aplica-se o velho ditado "quem não quer ser lobo, não lhe veste a pele". Quem não quer passar por desleixado, por ter uma moral questionável ou por marginal, não pode vestir-se como tal e esperar ser tratado de forma diferente. O que usamos provoca reacções nos outros, logo convém que inspire respeito, admiração e. a atrair atenção, que seja pela positiva.
O Papa Pio XII, que dirigiu um interessante discurso ao Congresso Latino de Alta Costura, abordando os "Problemas Morais no Design de Moda" (1957), afirmava que "o homem pensa com a roupa que veste”.
Se há coisa que me aborrece é ouvir "não julgues as pessoas pela forma como se vestem!". Mais uma vez arrisco dizer, com base no que tenho visto, que só quem simpatiza com os desvios dos outros (e é capaz de fazer outro tanto) é que se sente incomodado com esse julgamento. É preciso um malandro para defender outro.
Claro que não é sensato formar toda uma opinião, inflexível e escrita na pedra, com base apenas no visual alheio (ou pelo menos, com uma única observação) mas todos, sem excepção, transmitimos alguma coisa através da forma como nos apresentamos.
Nos dias que correm, dificilmente alguém usa algo com que não se identifique de todo.
E se essa imagem não é transmitida intencionalmente, a pessoa que o faz é muito ingénua ou carece de orientação. É feio julgar as pessoas por coisas que não são culpa sua, escolha sua - ou por erros a que qualquer um está sujeito. Tudo o resto...o que é consciente, voluntário e repetido, é passível de ser avaliado pelos demais.
Em marketing diz-se muito "construa a imagem que quer mostrar ao mundo, ou os outros hão-de encarregar-se disso". A roupa, o penteado, a escolha do automóvel mais ou menos discreto, a linguagem, a pronúncia, os lugares que se frequentam, os hábitos...as coisas que - dentro das posses de cada um - escolhemos, aprovamos ou toleramos dizem muito de nós. Um punk é punk porque quer, e não pode ofender-se se o classificarem como tal. Se formos para a rua vestidos de polícia, é natural que nos chamem para acudir a um assalto, e pouco adianta explicar "eu não sou polícia, só estou vestida assim" - quem vê, julga e confunde.
Logo, aplica-se o velho ditado "quem não quer ser lobo, não lhe veste a pele". Quem não quer passar por desleixado, por ter uma moral questionável ou por marginal, não pode vestir-se como tal e esperar ser tratado de forma diferente. O que usamos provoca reacções nos outros, logo convém que inspire respeito, admiração e. a atrair atenção, que seja pela positiva.
Também ouço muito a desculpa esfarrapada "nem toda a gente
tem dinheiro para se vestir bem". Ora, felizmente nunca foi tão barato
vestir como hoje. Nem toda a gente terá os meios (e a capacidade de os aplicar,
que também conta) para comprar peças griffée, mas primeiro, usar
roupa caríssima não equivale necessariamente a "vestir bem";
segundo, as roupas reduzidas ou feias não são mais baratas do que
quaisquer outras. É uma questão de atenção e de ter gosto - ou de o
cultivar porque isso também se aprende.
Alguns poderão invocar ainda a questão da liberdade: que em democracia cada um veste o que quer, e que se todos gostássemos do mesmo que seria, etc. Pois bem, o bom gosto, o bom ar, a aparência cuidada e uma certa modéstia cabem em todos os estilos. É possível ser gótico, hippie ou o que seja e estar ataviado de maneira a entrar em toda a parte, desde que se saiba adequar asnuances às circunstâncias. Há lugares, horas e situações para roupa um bocadinho mais arrojada ou à vontade desde que com o devido bom senso, e outros para se estar composto.
Em última análise, se a pessoa prega aos quatro ventos "eu uso aquilo com que me sinto bem" com que lata é que se queixa?
Alguns poderão invocar ainda a questão da liberdade: que em democracia cada um veste o que quer, e que se todos gostássemos do mesmo que seria, etc. Pois bem, o bom gosto, o bom ar, a aparência cuidada e uma certa modéstia cabem em todos os estilos. É possível ser gótico, hippie ou o que seja e estar ataviado de maneira a entrar em toda a parte, desde que se saiba adequar asnuances às circunstâncias. Há lugares, horas e situações para roupa um bocadinho mais arrojada ou à vontade desde que com o devido bom senso, e outros para se estar composto.
Em última análise, se a pessoa prega aos quatro ventos "eu uso aquilo com que me sinto bem" com que lata é que se queixa?
7 comentários:
Bom Dia!!!São..li e gostei está correto no que diz vc é o que veste e come..claro cada um no seu lugar...o que se come é em relação a sua saúde..então concordo...bela leitura...bjs.
Apesar de muitas vezes julgarmos errado uma pessoa só pela aparência, infelizmente há um ditado que diz que a primeira impressão é que fica, então acabamos errando nisso. Gostei do texto. bjosss
Olá São,
Vim conhecer seu blog e já gostei de cara do texto! Muitas vezes julgamos sim na primeira impressão!
Um beijo
São é verdade que as aparências
iludem, nem tudo que parece é,
gostei do post, beijo amiga
Há sempre dois lados e dois pontos de vista :) Concordo com alguns pontos desta crónica, outros nem tanto :) mas concordo que é um texto interessante.
beijinhos
Concordo em parte, acho que temos que ter cuidado com aquilo que vestimos, mas eu creio que caráter e moral não é pelo que se veste, é outra história, um punk pode ter mais caráter e moral que um político ladrão de terno e gravata de grife. Enfim, por isso há duas maneiras de interpretar o texto.
bjossss
São, já tinha lido esse texto e concordo plenamente com ele.
O certo é que a maioria das pessoas faz isso mesmo!
Beijinhos
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